No dia 21 de fevereiro, houve um princípio de incêndio no CME do Hospital de Clínica de Porto Alegre. A instituição fez o seguinte tweet:
Um evento como este nos leva àlgumas perguntas:
- O que pode ter provocado o incêndio?
- Há relação com manutenção corretiva ou preventiva?
- Quais proteções poderiam ter evitado o incêndio?
Vamos tentar responder essas perguntas
O que pode ter provocado o incêndio?
Um incêndio em um equipamento de CME tem grandes chances de ter sido causado por curto-circuito ou sobrecarga elétrica, uma vez que os equipamentos trabalham com resistências, gerador de vapor, motores elétricos.
Há relação com manutenção corretiva ou preventiva?
É possível que durante uma manutenção corretiva algum componente seja instalado precariamente, algum componente de segurança seja alterado ou removido, ou até mesmo que o técnico de manutenção faça alguma “gambiarra”.
Manutenções corretivas são momentos críticos que precisam de acompanhamento de um engenheiro(a) e um enfermeiro(a). O engenheiro(a) para constatar que a manutenção foi feita adequadamente, e o enfermeiro(a) para contatar que os resultados estão adequados para a liberação operacional do equipamento.
Manutenções preventivas podem muitas vezes não verificar os itens de segurança mais importantes, tanto do equipamento quando do sistema elétrico que alimenta o equipamento. Por isso é importante fazer um exercício de gerenciamento de riscos para cada equipamento e verificar como os itens mais críticos serão analisados durante as manutenções preventivas.
Quais proteções poderiam ter evitado o incêndio?
Do lado do equipamento há diversos itens de segurança, como termostatos, relés térmicos, disjuntores, fusíveis, conectores.
Já do lado da parte elétrica, é preciso analisar os cabos elétricos, disjuntores, fusíveis, e um que pouco conhecem que é o DR, que pode evitar incêndios quando há fuga de corrente para o terra. Segue um vídeo para entender o funcionamento deste dispositivo: