ressonância magnética – Bruno Roma

ressonância magnética

Gestão de Hélio Líquido em Ressonância Magnética

A ressonância magnética é uma tecnologia amplamente utilizada na área da saúde, proporcionando imagens detalhadas do corpo humano e auxiliando no diagnóstico de diversas condições médicas. No entanto, para que os equipamentos de ressonância magnética funcionem corretamente, é necessário utilizar um sistema criogênico que envolve o uso do hélio líquido. Neste artigo, abordaremos a importância da gestão adequada do hélio líquido em ressonância magnética. Exploraremos as razões pelas quais o hélio líquido é necessário nesse processo, bem como os desafios associados ao seu uso e manutenção. Compreender a gestão do hélio líquido é crucial para os gestores e profissionais responsáveis pelo funcionamento e manutenção desses equipamentos. Vamos discutir as perdas esperadas de hélio líquido, as consequências de uma quantidade insuficiente desse gás, os custos envolvidos no reabastecimento e as melhores práticas para monitorar e controlar o nível de hélio líquido nas ressonâncias magnéticas. Portanto, continue lendo este artigo para aprender mais sobre a gestão de hélio líquido em ressonância magnética e descobrir como garantir o funcionamento adequado e eficiente desses equipamentos essenciais para a área da saúde. Visão geral do sistema criogênico de equipamentos de ressonância magnética Antes de falar sobre o sistema criogênico da ressonância magnética, nós precisamos entender porque o sistema criogênico está presente. Os equipamentos de ressonância magnética precisam da interação de campo magnético com ondas de rádio frequência para gerar imagens. Esses campos magnéticos variam de 0,2 Tesla a 3,0 Tesla, normalmente. Para atingir campos magnéticos fortes, acima de 0,5 T são necessárias bobinas que geram campo magnético a partir da passagem de corrente elétrica. Quanto maior o campo magnético, maior a corrente elétrica.  Contudo, para atingir campos magnéticos fortes o suficiente é necessário utilizar bobinas supercondutoras, geralmente fabricadas com liga de nióbio-titânio. Para que o nióbio-titânio atinja o estado de supercondutor é necessário resfriá-lo a baixíssima temperatura de 9,2 Kelvin (-263,95 °C), quase zero absoluto. Para atingir essa temperatura, o pesquisador Heike Kamerlingh Onnes, em 1908, precisou liquefazer o gás hélio, cuja temperatura de liquefação é de 4K, sendo o primeiro na história a conseguir esse feito. Onnes também foi o primeiro pesquisador a observar a supercondutividade em 1911. Por essas faças, Onnes recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1913, possibilitando o início dos estudos sobre a supercondutividade. Criação de um material supercondutor  Para resfriar o nióbio-titânio a temperatura de 9,2K e torná-lo um supercondutor, é necessário banhá-lo em hélio líquido. O hélio líquido, por sua vez, precisa estar isolado da temperatura ambiente para que permaneça na fase líquida, caso contrário o processo de gaseificação transformará todo hélio líquido em gasoso. Para isso, existe nos equipamentos de ressonância magnética isolamento térmico para minimizar a troca de calor com o hélio líquido e o ambiente. Mesmo com o isolamento térmico, o hélio líquido sofrerá gaseificação.  Para controlar a gaseificação, o sistema criogênico dos equipamentos de ressonância magnética são compostos por uma coldhead, um compressor da coldhead que têm a função de liquefazer o hélio gasoso de volta para a fase líquida, e um chiller para resfriamento do compressor. O processo criogênico geralmente utilizado é o Gifford-McMahon, caracterizado pelo barulho de um pistão se movimentando com frequência aproximada de 60Hz. Sistemas boil-off e tradicional Atualmente há duas tecnologias mais comuns em equipamentos de RM, a tecnologia de boil-off, em que não há perdas de hélio líquido no sistema criogênico. Esta tecnologia é mais recente e também mais cara. Já na tecnologia convencional de criogenia acontece alguma perda mínima de hélio líquido, que precisa ser acompanhada periodicamente, e eventualmente o hélio líquido precisa ser reabastecido. Este artigo vai tratar apenas da tecnologia convencional. Uma RM com sistema criogênico convencional possui um reservatório de 1200 a 2000 litros de hélio líquido, que varia conforme o fabricante e o campo magnético. Há uma taxa de perda esperada de hélio líquido que é informada pelo fabricante e deve ser acompanhada, bem como um nível crítico de hélio líquido.  Caso um equipamento de RM atinja o nível crítico de hélio líquido, poderá causar danos às bobinas supercondutoras e consequentemente o quench do equipamento, que é o rompimento do lacre de segurança do reservatório de hélio líquido, e consequente perda de praticamente todo seu conteúdo. Reabastecimento de hélio líquido no nível crítico possui maior probabilidade de ocorrer quench. O reabastecimento de hélio líquido tem custo elevado. Para se ter uma ideia, o reabastecimento de 750 litros de hélio líquido pode ultrapassar R$ 100.000,00, a depender do fornecedor e taxa do dólar, já que é um produto dolarizado.  Diante dessas informações, é possível compreender que o monitoramento do nível de hélio líquido da ressonância magnética deve ser uma prioridade para o gestor dessa tecnologia, bem como dos demais componentes do sistema criogênico. No próximo artigo trarei um exemplo de método de medição e acompanhamento do nível de hélio em ressonâncias magnéticas.

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Tecnovigilância: Ressonância Magnética GE tem Quench defeituoso e oferece risco

Conforme informado no alerta de tecnovigilância da ANVISA número 1898, do dia 25 de maio, um estabelecimento informou à GE na data de 21 de fevereiro de 2016, sobre um evento de quench do magneto com subsequente liberação de gás criogênico para dentro da sala do magneto. Certamente passar por um quench deve ser uma das piores experiências para qualquer profissional, mas imagina perceber que o gás criogênico, que deveria estar sendo conduzido em segurança para a parte externa do prédio, ao invés disso, começa a inundar a sala, expulsando o oxigênio do prédio, se a ação da equipe não for rápida, poderá acontecer uma tragédia. Maiores informações, visitem o Portal da ANVISA, e vejam o alerta. Vou deixar um vídeo de quench

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Cirurgia do Futuro

Realmente incrível como a interação entre tecnologias médicas pode criar uma nova tecnologia totalmente surpreendente. Este vídeo trata do uso das tecnologias de ultrassom e ressonância magnética, para realizar cirurgias não-invasivas, ou seja, a cirurgia minimamente invasiva já tem um grande substituto. http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/yoav_medan_ultrasound_surgery_healing_without_cuts.html

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