Artigos – Página: 7 – Bruno Roma

Contribuições e Jornada na Engenharia Clínica – #GlobalCEDay Dia Mundial da Engenharia Clínica 2016

Este texto conta um pouco das minhas contribuições e jornada na Engenharia Clínica em homenagem ao Dia Mundial da Engenharia Clínica, ou #GlobalCEDay, através de relatos de experiências durante esta jornada. Por favor, não espere um texto formal, jornalístico ou acadêmico, mas um texto informal e autêntico. Conhecendo a Engenharia Clínica No início de dezembro de 2006, após concluir o curso de sargentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, tive a satisfação de ser o primeiro aluno do curso de eletrônica da região, e tive à disposição 14 locais de trabalho para escolher, e dentre elas havia o Hospital de Aeronáutica de São Paulo (HASP), hoje Núcleo do Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP), localizado na Zone Norte da cidade de São Paulo. Escolhi trabalhar no HASP pela indicação de alguns conhecidos que disseram que o hospital seria um bom lugar para um militar trabalhar. Naquela época eu não tinha a menor ideia do trabalho que desempenharia no hospital, até mesmo porque o conhecimento de eletrônica que havia sido ensinado no curso era voltado para aeródromos e radares militares. Com alguma experiência em informática, imaginei que poderia trabalhar neste setor, engano meu. Apresentei-me e fui informado que trabalharia no setor de Serviços Gerais, cuja função é cuidar da gestão e manutenção da infraestrutura do hospital. Naquele momento fiquei decepcionado, não entendi como poderia ser útil naquele setor, uma vez que não tinha experiência com este tipo de serviço. Em pouco tempo, aprendi o que era necessário e comecei a participar da gestão de algumas áreas, participar do planejamento de manutenção, e também executar parte dos serviços internos. Foi a partir daí que nasceu a oportunidade de conhecer a Engenharia Clínica. O setor de Serviços Gerais era responsável por todas as solicitações de serviço do hospital, mais comumente lâmpadas queimadas, e torneiras pingando. No entanto, quando um equipamento médico-assistencial apresentava algum problema não havia equipe para atender, e, ou o encarregado da manutenção recebia o equipamento e encaminhava para uma empresa terceirizada avaliar, orçar, licitar e realizar a manutenção no equipamento, ou o próprio setor solicitante era quem enviava o equipamento para uma empresa de manutenção. Logo se vê que havia uma grande oportunidade de melhorar a gestão da manutenção desses equipamentos. Ao lado do setor de Serviços Gerais havia uma sala com cerca de 30m2 usada como depósito de latas de tinta, sacos de cimento, e materiais diversos utilizados na manutenção da infraestrutura, havia também naquela sala uma grande bancada em ‘L’ com gavetas e divisórias, e alguns armários.  Seis meses depois de começar a trabalhar no HASP, descobri que aquela sala cheia de latas de tinta abrigara o antigo setor de Engenharia Clínica do hospital, que havia sido fechado há alguns anos por falta de pessoal.  Devido à minha formação em eletrônica e curiosidade para consertar os equipamentos médicos, fui convidado a gerenciar as solicitações de serviços relacionadas aos equipamentos médicos e dividir minha jornada entre o setor de Serviços Gerais e a grande tarefa de restabelecer o setor de Engenharia Clínica daquele hospital. A partir daquele momento, em meados de 2007, inicio efetivamente trabalho e estudo em engenharia clínica com enorme satisfação. O Início e os Desafios Ver os resultados deste início foi determinante para a motivação em aprender cada vez mais a engenharia clínica. Lembro-me muito bem do primeiro livro lido sobre o assunto, que foi encontrado na internet e que tem distribuição gratuita. O livro tem o título “Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos Hospitalares”, escrito por Saide Jorge Calil e Marilda Solon Teixeira, publicado em 1998. Ainda tenho o livro digital, se você tiver interesse, entre em contato comigo que compartilho com você. Este livro norteou o restabelecimento do setor de Engenharia Clínica, uma vez que define o passo-a-passo para o estabelecimento de um departamento de engenharia clínica em um hospital, desde a implantação, organização do ambiente, compra de ferramentas, contratação de pessoal, e por aí vai. Outro aspecto importante neste início foi a dedicação para conhecer o parque tecnológico do hospital. Além catalogar os equipamentos do hospital, foi organizada uma biblioteca virtual com os manuais de instrução dos equipamentos, e em alguns casos havia ainda o manual de serviço.  A compreensão do uso e funcionamento do equipamento é fundamental para o profissional de engenharia clínica poder avaliar o equipamento, e também instruir o utilizador do equipamento, seja a equipe de enfermagem ou a equipe médica. Foi nessa época que eu percebi que parte das ordens de serviço que relatavam um equipamento apresentando problema de funcionamento, na verdade eram erros simples de operação, ou seja, quando o equipamento chegava na bancada para avaliação, não apresentava nenhum problema. Sempre que novos profissionais chegavam nas unidades de internação ou UTI, a quantidade de ordens de serviço aumentava. Uma solução muito simples neste caso foi focar em instrução para os colaboradores mais experientes da equipe, sendo feito de forma natural, ou seja, fazendo pequenas instruções para resolver dificuldades pontuais relacionadas a cada erro reportado, e de preferência no momento em que o erro era percebido ou o mais breve possível, assim, todos os elementos do ambiente poderiam ser observados e a instrução causava melhor resultado.  Essa iniciativa reduziu as ordens de serviço relacionadas a problemas de operação para praticamente zero, e proporcionou às pessoas que utilizavam os equipamentos maior controle sobre o equipamento, e consequentemente maior segurança ao paciente. Progredindo na Engenharia Clínica Em meados de 2009, finalizando a graduação em engenharia de telecomunicações pela Universidade Cidade de São Paulo, não tive dúvidas que para prosseguir na engenharia clínica, seria fundamental fazer um curso de especialização em engenharia clínica. Tive a oportunidade de fazer o curso de Especialização em Engenharia Clínica, oferecido pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, vinculado ao Hospital Albert Einstein, que possuía grandes professores como Alexandre Hermini, Antônio Gibertoni, José Carlos Teixeira, para citar apenas alguns. O conteúdo do curso possibilitou elevar o setor de engenharia clínica a um novo patamar. Uma questão importante que eu gostaria de destacar é

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Artigo #3 da série: Ministério da Saúde – Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais

Artigo #3 da série sobre a publicação do Ministério da Saúde, Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais nas Regiões de Atenção à Saúde do Projeto QualiSUS-Rede. Neste artigo foram destacados os trechos relevantes e comentários sobre os tópicos: Gestão de resíduos de serviços de saúde Metrologia em Saúde No próximo artigo serão abordados: Avaliação de tecnologias em saúde Tecnovigilância Acreditação hospitalar Faça o download deste documento em PDF na Biblioteca Virtual. Acesse aqui e cadastre-se. Veja também:Artigo de apresentação do estudo. Artigo #1: Contexto e Introdução.Artigo #2: Gerenciamento de manutenção, indicadores, perfil do gestor de EMA, educação permanente. Gestão de resíduos de serviços de saúde Os resíduos produzidos nos EAS necessitam de cuidado especial. Há diversas leis e instruções normativas que estabelecem as diretrizes que devem ser seguidas para a correta manipulação e descarte destes materiais. Um dos destaques do estudo está relacionado ao mercúrio (Hg), muito utilizado em diversos equipamentos encontrados em EAS, como baterias de aparelhos médicos, lâmpadas fluorescentes, amálgama odontológica, analisadores de sangue, desfibriladores, fones de ouvido, contadores, monitores, marcapasso, bombas, balanças, transmissores de telemetria,ultrassom, células de energia (baterias) de uso não médico de dispositivos, ultravioleta, sonda de equipamentos, termostatos elétricos, indicadores de pressão, barômetros, manômetros, vacuômetros, entre outros (IBGE, 2010). O mercúrio é um produto perigoso para a saúde humana quando em contato com a corrente sanguínea, podendo causar danos ao cérebro e até causar a morte. É recomendado ao EAS entrar em contato com os fabricantes e representantes de equipamentos, para receber as orientações para logística reversa, quando há, ou sobre o correto descarte. Um exemplo de preocupação com o manuseio e descarte do mercúrio está na Resolução SS n° 239, de 7 de dezembro de 2010, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, que proibiu a compra e uso de termômetros, esfigmomanômetros e materiais especificados contendo mercúrio em todos os EAS subordinados a esse órgão. É importante também dar atenção ao descarte de produtos químicos utilizados em laboratórios clínicos, regulamentada pela RDC ANVISA n° 306/2004. As características do risco apresentado por produtos químicos devem ser verificadas na Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Portanto, todo fabricante ao ser questionado sobre a composição do seu produto deve fornecer essa ficha, que dará subsídios para que o material seja descartado adequadamente. Geralmente, alguns tipos de exames envolvem a mistura de fluidos biológicos (sangue, urina, secreções, etc.), havendo a necessidade da redução da carga microbiana do material antes do seu descarte. Nesse contexto, ressaltamos a importância do conhecimento das normativas locais, pois cada estado ou localidade pode adotar um parâmetro diferente para o descarte de resíduos químicos, conforme apresentamos no Quadro 5 (LABTEST, 2006). O estudo constatou que 41 dos 131 EAS não possuem procedimento para o descarte adequado de mercúrio, o que é preocupante e que, além das implicações ambientais, a falta de tal procedimento oferece risco de contaminação dos colaboradores dos EAS. O estudo constatou também que 66 de 131 EAS não possuem, não responderam ou disseram que não se aplica um programa para descarte de equipamentos médico-assistenciais. Essa informação é alarmante, pois é sabido que diversos equipamentos médicos contém partes ou substâncias nocivas à saúde humana e ao meio ambiente, se descartados de maneira inadequada. Vale lembrar o acidente radiológico de Goiânia com césio-137, iniciado em 13 de setembro de 1987, (link notícia: http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/09/maior-acidente-radiologico-do-mundo-cesio-137-completa-26-anos.html), tido como o maior acidente radiológico do mundo (maior que Chernobyl), quando dois rapazes encontraram um aparelho de radioterapia abandonado em um prédio público da cidade onde funcionava uma clínica desativada. A primeira vítima fatal dessa triste história foi a menina de 6 anos Leide das Neves. Metrologia em saúde Na área da saúde, as mensurações são cada vez mais presentes no cotidiano médico e de forma ininterrupta. As medições ocorrem e tomam-se decisões baseadas nos seus resultados (FERREIRA, 2013). Informações tais como: pressão arterial sanguínea, porcentagem de saturação de oxigênio no sangue (SpO2), volume de dióxido de carbono exalado no final da expiração (Etco2), entre outras variáveis biológicas que são trazidas aos profissionais de saúde e que em conjunto com outras informações advindas de exames clínicos e da própria história do paciente possibilitarão auxiliar na interpretação do prognóstico do paciente. Por isso, ter em mãos um equipamento que apresente resultados confiáveis vem ganhando cada vez mais força entre os profissionais de saúde, e tem ganhado espaço importante nos encontros científicos. Tenho um caso que envolve medição. Há algum tempo atrás, enviei um bisturi eletrônico para reparo no fabricante, e após reparo solicitamos a aferição deste aparelho, e para nossa surpresa o resultado da aferição nos mostrou que o aparelho ainda continha falhas quando se escolhia a potência mais elevada da escala. Se nossa equipe não estivesse preocupada com a aferição deste tipo de equipamento, não saberíamos que o equipamento continuava a apresentar falhas, mesmo após manutenção do fabricante (que certamente não fez esse procedimento). É essencial que após manutenção terceirizada, ou de manutenção da equipe própria do EAS, que o equipamento passe por medições de toda a faixa a trabalho, e sempre que possível, que o profissional de engenharia clínica apresente essas informações para o profissional de saúde, garantindo assim a confiabilidade do equipamento. Segundo Monteiro e Lessa (2005), a garantia da confiabilidade metrológica dessas tecnologias depende, não somente da atuação dos profissionais de engenharia clínica com sua formação complementada por conhecimentos em metrologia, mas também da qualidade dos laboratórios de calibração e ensaio comprovada por um processo de acreditação. A pesquisa para esse tópico apresentou que 58,54% dos respondentes do inquérito já possuem algum processo de metrologia implementado nos EAS. Todavia, foi possível identificar que desses que disseram fazer, a maior parcela é realizada pelas empresas terceirizadas. Outro aspecto importante de observar é que dessa amostra que disseram que fazem algum processo de metodologia com EMA, apenas 40,50% possuem seus instrumentos de medição com certificados de rastreabilidade. A grande questão desse assunto é que muitos EAS não possuem profissionais com qualificação mínima em metrologia para analisar um relatório e questionar a

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Artigo #2 da série: Ministério da Saúde – Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais

Continuando a série de artigos sobre o estudo publicado pelo Ministério da Saúde, Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais nas Regiões de Atenção à Saúde do Projeto QualiSUS-Rede.   Neste artigo foram destacados trechos relevantes do estudo, e complementado por  comentários sobre os seguintes tópicos: Gerenciamento da manutenção de Equipamentos Médico-Assistenciais; O Gerenciamento da manutenção de EMA nas regiões do Projeto QualiSUS-Rede; O Uso de indicadores no gerenciamento da manutenção de EMA; O perfil do gestor de manutenção de Equipamento Médico-Assistencial; Educação permanente no manuseio e manutenção de EMA   Os demais tópicos serão abordados nos próximos artigos: Gestão de resíduos de serviços de saúde Metrologia em saúde Avaliação de tecnologias em saúde Tecnovigilância Acreditação hospitalar Veja também: Artigo da parte 1 desta série: Contexto e Introdução. Artigo de apresentação do estudo.   Gerenciamento da manutenção de Equipamentos Médico-Assistenciais   Segundo a Anvisa, por intermédio da RDC nº 02, de 25 de janeiro de 2010 (veja artigo da RDC 02/2010 comentada aqui), EMA é definido como equipamento ou sistema, inclusive seus acessórios e partes de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial, utilizado direta ou indiretamente para diagnóstico, terapia e monitoração na assistência à saúde da população, e que não utiliza meio farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar sua principal função em seres humanos, podendo, entretanto, ser auxiliado em suas funções por tais meios (ANVISA, 2010).   Uma das principais questões que o gestor deve lidar nesse processo é o gerenciamento da manutenção do próprio parque de EMA e materiais permanentes que se encontram sob sua jurisdição. Nesse caso, entendendo-se a manutenção, de uma forma geral, como a combinação de todas as ações técnicas e procedimentos administrativos destinados a manter ou recolocar o EMA em condições normais de operação, de forma a permitir que o mesmo desempenhe adequadamente as funções para as quais foi projetado e/ou adquirido.   Um programa de manutenção de EMA, portanto, corresponde a um conjunto de ações essenciais em estabelecimentos assistenciais de saúde, o qual não realiza apenas manutenção corretiva, mas contempla atividades para detectar falhas potenciais e ocultas que não são identificadas pelos usuários, mas podem trazer agravos severos aos pacientes e usuários. A manutenção de EMA, sob o ponto de vista mais situacional pode ser categorizada em manutenção preventiva, corretiva e preditiva.   O programa de manutenção de EMA, portanto, corresponde a um conjunto de atividades fundamentais dentro de um EAS, não só pelos riscos e custos envolvidos, mas, também pelos reflexos que pode provocar na própria qualidade do atendimento à saúde da população. Assim, ele deve ser pensado muito antes de se adquirir ou receber o equipamento, devendo ser considerado, idealmente, a partir da fase de avaliação de tecnologias, podendo influenciar potencialmente na tomada de decisão, no planejamento da aquisição e em toda a vida útil do equipamento.   Ao se considerar a implantação de um serviço próprio de gerenciamento da manutenção de EMA deve-se ter clareza sobre a importância dos serviços a serem executados e principalmente a forma de gerenciar a realização desses serviços (CALIL; TEIXEIRA, 1998). Nesse contexto, torna-se essencial o conhecimento e o domínio sobre o parque de equipamentos, seu inventário, suas características técnicas e operacionais, seu histórico, sua localização, etc.   Segundo Calil e Teixeira (1998), um sistema de gestão de EMA, para ser considerado efetivo, precisa estar vinculado a um competente sistema de gerenciamento dos recursos humanos envolvidos na manutenção dos equipamentos, sendo imprescindível que a equipe técnica seja constantemente treinada e capacitada, além de habilitada quando for o caso, principalmente quando novas tecnologias forem incorporadas ao parque de equipamentos da instituição, devendo haver um sistema de monitoramento contínuo da produtividade e qualidade dos serviços prestados por essa equipe.   O Gerenciamento da manutenção de EMA nas regiões do Projeto QualiSUS-Rede   Nesta seção estão apresentadas diversas informações muito interessantes para o entendimento da gestão de EASs, informações como: Quantidade de EASs que possuem gerência de equipamentos médico-assistenciais (EMA); Caracterização da gerência de EMA, ou seja, gerência própria, terceirizada ou mista; Existência de área física para a gerência de EMA; Existência de norma interna, ou protocolos, para execução das atividades pela gerência de EMA; Existência de acervo técnico atualizado e organizado para os equipamentos; Existência de almoxarifado para peças de reposição Existência de Ordem de Serviço para manutenção de EMA Percentual médio de EMA submetidos à manutenção preventiva   Neste seção ficou clara que quanto menor o EAS, menores são as ações para o gerenciamento de EMA, principalmente nas UPAS, que possuem poucos leitos e uma administração mais temerária.   O Uso de indicadores no gerenciamento da manutenção de EMA   Aqui a situação é ainda pior, pois mesmo EAS com grande quantidade de leitos, acima de 200, e que realizam procedimentos complexos, não fazem uso de indicadores para tomada de decisão.   Certamente esta mentalidade precisa ser reciclada, e a gestão eficiente precisa ser evidenciada a partir de indicadores inteligentes que mostrem a importância de se fazer uma gestão eficiente em EMA, e também que aponte para a administração as oportunidades de melhoria e os possíveis impactos positivos e negativos quando da melhora dos indicadores.   O perfil do gestor de manutenção de Equipamento Médico-Assistencial   Citando a RDC 02/2010 em que o EAS deve designar um Gestor para o Gerenciamento de EMA, com nível superior e registrado no conselho de classe, o estudo enfatiza a necessidade deste gestor ser especializado em Engenharia Clínica.   O estudo traça um cenário internacional do gestor de manutenção de EMA, relatando a situação em países como EUA, Canadá, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Alemanha, entre outros.   Foi traçado, a partir da interpretação das informações coletadas na pesquisa, o perfil do gestor de manutenção de EMA nos EAS pesquisados, e constatou-se que o médico é o profissional responsável pela gestão de EMA na maioria dos EAS pesquisados, sendo seguido por administradores, enfermeiros e na quarta posição aparece a figura do engenheiro.   Não há uma conclusão sobre este cenário, mas me arrisco a comentar esta seção do estudo. Acredito que

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Artigo #1 da série: Ministério da Saúde – Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais

“A obra intitulada “Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais nas Regiões de Atenção à Saúde do Projeto QualiSUS Rede” é parte do projeto QualiSUS-Rede, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Banco Mundial, com objetivo de qualificar os serviços de saúde em regiões selecionadas do Brasil.   O mapeamento e diagnóstico de equipamentos médico-assistenciais nas 15 regiões selecionadas pelo QualiSUS-Rede, resultado de uma pesquisa em 131 EAS, insere-se no objetivo de aperfeiçoar a gestão do SUS ao levantar o perfil do profissional que atua com os equipamentos médico-assistenciais e outros dados e informações importantes para exame e decisão dos gestores de saúde nas três esferas de governo.”   A obra é leitura essencial para administradores de EAS e gestores de tecnologias em saúde. O estudo traz ainda referências de diversos documentos e estudos, como RDCs e pesquisas acadêmicas.   Os tópicos abordados no estudo são: Gerenciamento da manutenção de Equipamentos Médico-Assistenciais (EMA) O uso de indicadores no gerenciamento da manutenção de EMA  O perfil do gestor de manutenção de EMA  Educação permanente no manuseio e manutenção de EMA  Gestão de resíduos de serviços de saúde  Metrologia em saúde  Avaliação de tecnologias em saúde  Tecnovigilância  Acreditação hospitalar Neste primeiro artigo será feita a contextualização e a introdução de conceitos importantes, e na segunda parte serão comentados os itens acima abordados no estudo.   1. Contexto   “A gestão de equipamentos médico-assistenciais (EMA) nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) é tarefa fundamental e necessária para o adequado funcionamento de todos os serviços de saúde.”   Participaram desta pesquisa 131 EAS, e conseguiu-se apontar como se encontra a gestão dos EAS e o perfil dos profissionais que atuam com equipamentos médico-assistenciais.   2. Introdução   “Segundo Wang (2003), estudos conduzidos pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial de Saúde demonstram que nos países em desenvolvimento cerca de 25 a 50% do parque de equipamentos médico-assistenciais são subutilizados ou mesmo não utilizados.”   Ainda de acordo com estes estudos, vários são os motivos identificados, tais como: a infraestrutura inadequada para instalação e operação dos equipamentos; a ausência de treinamento para gestão de novas tecnologias; os técnicos e operadores com treinamento insuficiente; os equipamentos obsoletos e inseguros para o operador, para o paciente e para o ambiente; dificuldade de aquisição de peças sobressalentes e material de reposição.   2.1 Gestão de Tecnologias em Saúde   A oferta de assistência à saúde pelo SUS está diretamente dependente de 3 componentes: Tecnologias em saúde; Recursos humanos; Gestão dos processos de trabalho ou seja, não há assistência à saúde sem que esses 3 componentes estejam bem estruturados.    “Assim, a tecnologia em saúde deixa de ser um artefato adjuvante nesse processo, sendo agora uma ferramenta compulsória para o alcance de uma eficiente assistência ao cuidado do paciente.”   Sabemos que tecnologias em saúde abrangem diversos recursos, mas o estudo em análise tem como tecnologia alvo os equipamentos médico-assistenciais, visto que representam um dos maiores orçamentos da saúde.   “Muitos EAS estão frente a um grande desafio, que se trata de estabelecer um programa de gestão de tecnologias em saúde, em especial os EMA, conforme se pode observar na RDC nº 02 de 2010 (ANVISA, 2010), que embora seja uma recomendação recente, possui uma importância muito grande para os serviços de saúde.”   Percebe-se então que os impactos na qualidade da assistência médica estão fortemente influenciados pelo bom funcionamento dos EMA. Esses aspectos aliados aos custos de aquisição e de manutenção dos produtos possibilitam refletir a gestão de EMA com o mesmo grau de relevância da gestão de outros recursos considerados nobres, como a gestão de medicamentos ou de pessoal (ANTUNES et al., 2002).   O conhecimento da importância de um EMA para um determinado serviço, o que ele representa para o Hospital ou mesmo para a região de saúde onde o EAS se insere é crucial no planejamento estratégico de manutenção, possibilitando medidas preventivas importantes e ações prioritárias para cada tecnologia alvo. Para tanto, é importante também conhecer o histórico de manutenção dos EMA e, por isso, adotam-se com muita frequência as Ordens de Serviço eletrônicas (OS) que possibilitam então o pormenorizado acompanhamento de cada EMA que foi enviado para manutenção.   Este estudo foi desenvolvido em 2014, com o objetivo de mapear e diagnosticar a gestão de equipamentos médico-assistências em EAS vinculados ao SUS, e ainda fomentar a capacitação de equipes para monitoramento permanente das condições de funcionamento e segurança dos equipamentos mais críticos.   3. Materiais e Métodos   Foi elaborada uma ferramenta de coleta de dados com 392 questões relativas à infraestrutura e ao processo de gestão de EMA, na forma de um questionário estruturado, e aplicá-lo junto aos profissionais responsáveis pela manutenção do parque de equipamentos constantes nos EAS selecionados.   A continuação do resumo e comentários do estudo será publicado na próxima segunda-feira, 19 de setembro de 2016.   Para receber o aviso da próxima publicação, você pode se cadastrar na Newsletter clicando aqui!

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Ministério da Saúde disponibiliza estudo sobre Gestão de Equipamentos Médicos

O Ministério da Saúde publicou recentemente um estudo chamado Mapeamento e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais nas Regiões de Atenção à Saúde do Projeto QualiSUS-Rede. Um dos trechos publicados no estudo diz sobre Gestão de Equipamentos Médicos: Ao se olhar o cuidado em saúde com um foco mais operacional, visualizando-o como um plano baseado na equipe médica, no ambiente, nos medicamentos e nas tecnologias, percebe-se que a deficiência ou insuficiência de qualquer um desses quatro pilares pode não só reduzir a eficácia do cuidado, mas também trazer mais prejuízos do que benefícios para os pacientes, ou até mesmo colocá-los em risco. Por exemplo, um simples aparelho de medir a pressão, que se encontre desregulado, pode levar o médico a um diagnóstico equivocado e a um tratamento desnecessário e até prejudicial para o paciente. Este exemplo do aparelho de pressão, é o mesmo pensamento que também compartilho frequentemente, e mostra que a Gestão de Equipamentos Médicos também está presente em equipamentos simples. Veja também: Artigo #1: Contexto e Introdução. Artigo #2: Gerenciamento de manutenção, indicadores, perfil do gestor de EMA, educação permanente.

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Calibração de Equipamentos Médico-Hospitalares – Workshop Homologação de Fornecedores REMESP

Na última sexta-feira, 29 de julho, aconteceu o Workshop Homologação de Fornecedores de Serviços de Calibração para a Área da Saúde – Boas Práticas de Contratação, na sede da Rede Metrológica do Estado de São Paulo (REMESP). Sr. Celso Scaranello, Presidente da REMESP, e Sra. Elisângela Cristina Oliveira, especialista em licitações da LRM Metrologia, foram os palestrantes do evento, e conseguiram compartilhar conhecimento e experiências para entendermos os principais desafios para a contratação de fornecedores de serviços de calibração. Vou resumir neste artigo alguns dos principais pontos discutidos no workshop, e caso você queira se aprofundar no assunto, recomendo uma visita ao site da REMESP, especialmente na página de treinamentos, ou então entrar em contato diretamente com a secretaria para maiores informações. Por que você contrata serviços de calibração para seus equipamentos médicos? Por mais que a primeira coisa que venha a mente seja: “Para atender auditoria de qualidade ONA ou Joint Commission”, no fundo nós sabemos que a razão pela qual fazemos a calibração dos equipamentos é para garantir a segurança do paciente. Por isso é muito importante fazer uma avaliação criteriosa da empresa que irá prestar esse serviço. É necessário: Verificar a capacidade técnica dos recursos humanos que executam os serviços Certamente uma das partes mais importantes da execução do serviço. Sem conhecimento técnico não é possível executar um bom serviço. Verificar a origem dos instrumentos e padrões utilizados Há empresas trabalhando com equipamento roubado, fiquemos atentos! Verificar as instalações físicas Há empresas sem condições físicas para executar ensaios. Também discutimos a possibilidade de se realizar uma visita virtual, economiza-se tempo e dinheiro. Verificar as normas utilizadas como base para o serviço. Não há necessidade de conhecer a fundo as normas, mas em uma tomada de preços, se duas empresas respondem que realizarão o mesmo serviço baseado em normas diferentes, é necessário investigar qual delas está correta. Verificar a cadeia de rastreabilidade dos instrumentos e padrões Para certificar se o contratado está atendendo o que foi solicitado. Verificar a integridade das informações contidas nos certificados e relatórios de calibração Dados coletados, instrumento ou padrão, norma, técnico, dados da empresa, entre outros. Periodicidade de Calibração Este ponto deu margem para uma boa discussão, e o primeiro ponto é: quem deve definir a periodicidade da calibração é o profissional que faz a gestão dos equipamentos médico-hospitalares, baseado em evidências, manual do fabricante e normas vigentes. Alguns profissionais menos experientes acabam deixando a tarefa de definição da periodicidade de calibração a cargo da empresa de calibração, porém a particularidade de cada ambiente influencia na definição do intervalo entre as calibrações. Se gostou deste artigo, deixe seu comentário, pois a sua participação é muito importante para a evolução do assunto.

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Por que falar em Gerenciamento de Equipamentos de Saúde?

Veja um parágrafo retirado de um livro de 1998 sobre gerenciamento de manutenção de equipamentos hospitalares (referências e download no final do artigo) : “Cabe, portanto, ao responsável pelo grupo, a partir do conhecimento do EAS, de sua infra-estrutura e do parque de equipamentos instalados, estabelecer um sistema de gerenciamento de serviços capaz de garantir a presteza e confiabilidade na execução.”(1998 CALIL) Há mais de 18 anos esse assunto é discutido por diversos profissionais do sistema de saúde brasileiro, e a cada ano ganha novos adeptos e se moderniza. Em outro livro, o Ministério da Saúde, em 2010, definiu o objetivo geral para a Política de Gestão de Tecnologias em Saúde, e com poucas palavras conseguiu sintetizar muito bem o objetivo: “Maximizar os benefícios de saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, assegurando o acesso da população a tecnologias efetivas e seguras, em condições de equidade.” (2010 MINISTÉRIO DA SAÚDE) Ainda em 2010, ANVISA aprova a RDC 02/2010 que trata do Gerenciamento de Tecnologias em Saúde, com o seguinte objetivo: “Garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade e segurança e, no que couber, desempenho, desde a entrada no estabelecimento de saúde até seu destino final, incluindo o planejamento dos recursos físicos, materiais e humanos, bem como, da capacitação dos profissionais envolvidos no processo de Tecnologias em Saúde.” (2010 ANVISA) Respondendo a pergunta deste artigo: Devemos falar de gerenciamento de equipamentos de saúde pois a segurança do paciente está diretamente associada aos equipamentos, aos procedimentos, aos tratamentos e aos profissionais envolvidos, e o gerenciamento de equipamentos atua em todas essas dimensões. O gerenciamento representa, em muitos casos, economia ou realocação de recursos financeiros, evitando o desgaste e o descarte prematuro de tecnologias, ou mesmo reduzindo a necessidade de equipamentos de reserva, ou locações emergenciais. Outra questão é garantir às equipes médica, de enfermagem, e laboratorial, equipamentos seguros e confiáveis para o tratamento e diagnóstico de pacientes. Que por sua vez converterão em aumento da qualidade do serviço de saúde prestado pelo EAS e da segurança do paciente. E o que deve ser feito para iniciar ou melhorar o Gerenciamento de Equipamentos de Saúde? O primeiro passo é formar uma comissão multidisciplinar para o levantamento de histórico, definição de objetivos, definição dos responsáveis, e definição de um plano para o Gerenciamento com metas, indicadores, acompanhamento e revisão dos processos. E para isso não existe maneira única de fazer, cada estabelecimento terá suas prioridades, particularidades e objetivos que o fará único. Após alguns meses, será possível enxergar os resultados através de diversos indicadores, como indicadores de equipamentos, de pacientes e de recursos humanos envolvidos no serviço de saúde. Certamente é uma tarefa que exige empenho. E empenho costuma ser o sobrenome de todos nós que cuidamos de pessoas, direta ou indiretamente. Se gostou deste artigo, deixe o seu comentário, será muito bem-vindo. Referências: 1. Calil, Saide Jorge. Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos Hospitalares, volume 11 / Saide Jorge Calil, Marilda Solon Teixeira. São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. (Série Saúde & Cidadania) 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 48 p. – (Série B. Textos Básicos em Saúde) 3. RESOLUÇÃO-RDC Nº 2, DE 25 DE JANEIRO DE 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. DIRETORIA COLEGIADA. Referências nos Arquivos do Blog: 1. B09 2. B08 3. A01 Clique aqui para ter acesso à Biblioteca Virtual do blog. Atenção: Todos os arquivos disponibilizados no blog são públicos, e portanto não há infração à lei de diretos autorais.

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Proibição do uso de termômetros e esfigmomanômetros de mercúrio

Depois de muita discussão sobre esse tema, a ANVISA divulgou no mês passado (junho de 2016) uma consulta pública para proibir a fabricação, importação e a comercialização, assim como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio. Termômetro de mercúrio A consulta foi publicada no dia 20/06/2016, no Diário Oficial da União (DOU), e estará recebendo contribuições no site da ANVISA ou via postal até 25/08/2016. Então se quiser contribuir pró ou contra a decisão de proibição, entre no site da ANVISA e contribua.   Diversas entidades da sociedade e entidades de defesa do meio ambiente lutam há vários anos pela proibição do mercúrio para uso em termômetros e esfigmomanômetros de coluna de mercúrio (aparelho de medir pressão arterial), por expor agentes de saúde e pacientes ao risco de inalação do vapor de mercúrio, que é extremamente tóxico, e pode causar danos ao cérebro, rins e pulmões, e levar a morte. Mesmo que o documento de proibição seja aprovado e publicado ainda em 2016, o texto da Consulta Pública propõe que a proibição entre em vigor apenas em janeiro de 2019. Todo esse tempo é justificável por diversos motivos, dentre eles: Necessidade de estrutura para descarte adequado do resíduo de mercúrio, como locais para descarte, instruções e licenças ambientais. Levantamento dos custos para substituição de equipamentos em serviços de saúde pública. Conscientização de profissionais de saúde. Conscientização da população geral. O que a norma não irá proibir (vide art. 1º §2º): Produtos para pesquisa; Produtos para calibração de instrumentos; E produtos para uso como padrão de referência. Se gostou deste post, deixe seus comentários, serão muito bem vindos. Fontes: ANVISA, Wikipedia.

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Comentários da Minuta de Revisão da RDC 50 de 2002

Para quem não conhece, a RDC 50 de 2002 é uma resolução da diretoria colegiada da ANVISA e trata do planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Ou seja, os requisitos que a estrutura física de um serviço de saúde precisa atender.   Caso queira ler os comentários da RDC 50 de 2002, veja este outro post: Conhecendo a RDC nº50/2002 ANVISA – Parte I Esta revisão tem por objetivo a atualização da resolução face as novas tecnologias e o novo cenário encontrado no atendimento de saúde, e visa a correta infraestrutura para a prestação de serviços de saúde e consequentemente a segurança do paciente. Quando abri a minuta e vi que o PDF tem 96 páginas, olhei para o relógio para ver se eu tinha tempo suficiente para uma leitura completa. Mas para a minha surpresa, na 21ª página encerra-se a minuta, e daí em diante iniciam-se os Anexos. Nos anexos da minuta estão tabelas com diversas informações de obrigatoriedade e requisitos mínimos para os diversos ambientes de um estabelecimento assistencial de saúde (EAS), o que na resolução de 2002 essas tabelas também existem, porém estão no meio do texto, e são contínuas de uma página para outra, o que torna a leitura  complicada. Neste quesito a minuta está melhor organizada. Outro ponto que percebi, fazendo uma comparação rápida, é que na minuta não há indicação específica de normas ABNT que devem ser seguidas, como há na versão de 2002, há apenas a indicação ao final de cada seção de que devem ser seguidas as normas técnicas relativas ao tema. Certamente a minuta está muito melhor organizada e mais moderna do que a versão de 2002, porém menos instrutiva, pois há menos informação em cada seção para orientar quem não está tão habituado com o ambiente de saúde. É importante destacar que a minuta ainda está sendo discutida, e que no dia 17/06/2016 houve um evento organizado pela ANVISA com setores da saúde como as vigilâncias sanitárias, conselhos de classe e entidades representativas de serviços de saúde, para discussão e construção da nova resolução. Se gostou deste post, não esqueça de deixar o seu comentário, ele será muito bem vindo.

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