Notícias – Página: 2 – Bruno Roma

Bruno Roma

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IGP-M: O carrasco dos contratos de 2020

Gerenciamento de contratos faz parte da rotina de qualquer setor de Engenharia, dentre as diversas atividades do gerenciamento, o que realmente tirou o sono de muito gestor em 2020 foram os reajustes. Isso aconteceu devido ao IGP-M ter acumulado 23,14% de alta em 2020. É a maior alta acumulada em um ano desde 2002 (1). Claro que esse aumento está relacionado com a pandemia do Novo Coronavírus, que causou uma corrida por alimentos, impactou a produção industrial devido aos lockdowns, e pressionou o Real frente ao Dólar. Para explicar o porquê desta variação tão alta do IGP-M, precisamos entender a fórmula do índice. Fórmula do IGP-M O resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada das inflações ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e à construção civil (INCC), na seguinte proporção: 60% para o IPA; 30% para o IPC; 10% para o INCC; É possível perceber que o IPA tem o maior peso no índice. Este índice mede a variação de preços de produtos agrícolas e industriais. Juntando as peças Pandemia do Novo Coronavírus; Escassez de alimentos e produtos industriais; Aumentos de preços de alimentos e produtos industriais IPA-M em 2020 de 31,63% (2); Valorização do dólar de 29,1% em 2020 (3); Mercado externo pressionando os preços no brasil (4). Reajustando os Contratos de Serviços O IGP-M é o índice mais usado nos reajustes de contratos de serviço, mas qual é o motivo de ser o mais usado? Os principais contratos de serviços como telefonia, água, luz, gás são reajustados pelo IGP-M. Talvez esse fato seja a causa de se escolher o IGP-M como índice padrão para reajustes de contratos. Mas será que o IGP-M é mesmo o melhor índice para reajustar todos os tipos de contrato de serviço? Para responder essa pergunta precisamos refletir sobre quais custos incidem sobre cada contrato. Índices x Contratos Como exemplo, podemos analisar os contratos de fornecimento de gases medicinais. Qual a composição de custos do fornecedor? Para produzir gases medicinais o fornecedor precisa consumir energia elétrica, comprar/manter equipamentos, pagar os salários e benefícios dos trabalhadores, podemos citar que estes são os principais custos do fornecedor. Neste cenário, faz sentido definir apenas o IGP-M como índice de Reajustes do contrato? Certamente não, por isso vemos contratos de fornecimento de gases medicinais usando uma fórmula de reajuste, contendo dois ou mais índices, como o IGP-M, o reajuste de tarifa de energia elétrica, e eventualmente o IPCA na composição. Outros contratos, como de fornecimento de mão de obra, podem definir o reajuste da categoria profissional, ou mesmo uma composição índices e acordos de sindicatos. O que não pode é colocar mais de um índice para escolher o que tiver a maior variação. Mas e se a variação for negativa? Ou seja, no caso do fornecedor de gases receber uma redução no preço da energia elétrica, ela deveria repassar o desconto para seus clientes, mantenho o equilíbrio financeiro do contrato. Mas não é isso que se vê na prática. Em vários contatos, a cláusula de reajuste pode trazer o seguinte texto: “O reajuste do contrato se dará através da variação positiva do IGP-M.” Fiquem de olho e não aceitem qualquer texto nas cláusulas de reajuste. Encontrando o melhor índice ou composição para o contrato Bom, é importante ter uma conversa franca com seus fornecedores e perguntar se o IGP-M é realmente o índice que reflete a composição de custos do contrato, e não sendo, buscar um índice, ou uma composição de índices que mantenha o contato saudável para as duas partes. Gostou desse conteúdo? Faça parte dos nossos leitores para receber novidades. Referências: https://portal.fgv.br/noticias/igp-m-resultados-2021 http://www.yahii.com.br/ipaM.html http://www.yahii.com.br/dolardiario20.html https://www.beefpoint.com.br/cambio-e-demanda-externa-pressionam-alimentos-que-pesam-em-precos-ao-produtor/

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Quem pode comprar peças para manutenção de equipamentos médicos?

Essa é uma pergunta feitas por muitos que trabalham com Engenharia Clínica, já que cedo ou tarde nos deparamos com fabricantes ou representantes de assistências técnicas que se negam a vender peças de reposição, ou tentam obrigar os gestores a comprar serviço junto com a peça. Este assunto também é visto diversas vezes nos grupos de Engenharia Clínica, mas até agora não havia encontrado um local ou palestra sobre o assunto. No último dia 03 de agosto de 2020, o Eng. Jean Michalaros fez uma apresentação de cerca de 25 minutos sobre o assunto, trazendo a legislação e a experiência que teve com processos judiciais. Fonte: Canal Engenharia Clínica Brasil no YouTube Eng. Jean Michalaros é Engenheiro Eletrônico e Mestre em Engenharia pelo Departamento de Engenharia Biomédica da UNICAMP. Consolidada experiência em tecnologias biomédicas com foco em imagenologia. Atualmente é Diretor da LM Biotecnologia gerencia equipes de Engenharia Clínica e Manutenção para clientes públicos e privado sob contrato. Legislação Lei 8.078 de 1990 – Código de Defesa do Consumidor CDC artigos 7º, 32 e 39. Lei 1.521 de 1951 artigo 2º trata de crimes contra a economia popular. Sonegar mercadoria ou recusar a vendê-la a quem esteja em condições de comprar a pronto pagamento. Lei 8.137 de 1990 artigo 7º Constitui crime contra as relações de consumo. ANVISA e Conselhos Profissionais Importante dizer que não há regulamentação da ANVISA proibindo a venda de peças. Inclusive a ANVISA já lançou diversas notas e ofícios esclarecendo que qualquer profissional legalmente habilitado pode fazer a manutenção de equipamento médico, e terá responsabilidade técnica sobre esta manutenção. Este texto está no post: Quem pode fazer manutenção em equipamentos médicos? Outra questão que as empresas alegam para não vender peças para empresas e hospitais que fazem Engenharia Clínica, é alegar que o comprador não tem qualificação técnica ou treinamento para executar tal manutenção. Neste sentido o Eng Jean ressaltou bem em sua apresentação que os órgãos que regulamentam a qualificação profissional são os conselhos profissionais, neste caso representados pelo CREA/CONFEA e pelo CRT/CFT. Empresas não têm atribuições para qualificar ou desqualificar um profissional para o exercício de sua profissão. Espero ter contribuído com o tema. Caso tenha dúvidas ou sugestões, por favor deixe um comentário.

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Força de Trabalho +Manutenção de Ventiladores Pulmonares

A ABEClin junto ao MS, ME, SENAI e Montadoras, com a função de auxiliar na captação de voluntários (PF e PJ) e estando oficialmente autorizada a divulgar informações globais (conforme determinação do ME/MS/SENAI) vem apresentar os resultados obtidos até 30.04: Recebidos: 2.187 Em manutenção: 1.072 Em calibração: 185 Entregues: 501 A Iniciativa + Manutenção de Respiradores é uma rede voluntária para realizar a manutenção de respiradores mecânicos que estão sem uso, a fim de ajudar no tratamento de pacientes com covid-19. A rede é formada pelo SENAI, ArcelorMittal, BMW Group, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, GM, Honda, Hyundai Motor Brasil, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Troller, Usiminas, Vale, Volkswagen do Brasil e Volvo do Brasil. A Iniciativa + Manutenção de Respiradores tem apoio do MS, do ME, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da ABEClin. Mais uma vez agradecemos aos voluntários que atuam em conjunto com a ABEClin, MS/ME, mostrando disciplina, cidadania e capacidade de trabalhar em grupo. Juntos estamos valorizando a carreira de EC. Fonte: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6662452382737145856

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Princípio de incêndio atinge o Hospital de Clínicas em Porto Alegre | Rio Grande do Sul | G1

No dia 21 de fevereiro, houve um princípio de incêndio no CME do Hospital de Clínica de Porto Alegre. A instituição fez o seguinte tweet: Um evento como este nos leva àlgumas perguntas: O que pode ter provocado o incêndio? Há relação com manutenção corretiva ou preventiva? Quais proteções poderiam ter evitado o incêndio? Vamos tentar responder essas perguntas O que pode ter provocado o incêndio? Um incêndio em um equipamento de CME tem grandes chances de ter sido causado por curto-circuito ou sobrecarga elétrica, uma vez que os equipamentos trabalham com resistências, gerador de vapor, motores elétricos. Há relação com manutenção corretiva ou preventiva? É possível que durante uma manutenção corretiva algum componente seja instalado precariamente, algum componente de segurança seja alterado ou removido, ou até mesmo que o técnico de manutenção faça alguma “gambiarra”. Manutenções corretivas são momentos críticos que precisam de acompanhamento de um engenheiro(a) e um enfermeiro(a). O engenheiro(a) para constatar que a manutenção foi feita adequadamente, e o enfermeiro(a) para contatar que os resultados estão adequados para a liberação operacional do equipamento. Manutenções preventivas podem muitas vezes não verificar os itens de segurança mais importantes, tanto do equipamento quando do sistema elétrico que alimenta o equipamento. Por isso é importante fazer um exercício de gerenciamento de riscos para cada equipamento e verificar como os itens mais críticos serão analisados durante as manutenções preventivas. Quais proteções poderiam ter evitado o incêndio? Do lado do equipamento há diversos itens de segurança, como termostatos, relés térmicos, disjuntores, fusíveis, conectores. Já do lado da parte elétrica, é preciso analisar os cabos elétricos, disjuntores, fusíveis, e um que pouco conhecem que é o DR, que pode evitar incêndios quando há fuga de corrente para o terra. Segue um vídeo para entender o funcionamento deste dispositivo: Fonte: g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/02/22/principio-de-incendio-atinge-o-hospital-de-clinicas-em-porto-alegre.ghtml

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Crea-GO notifica prefeitura que lançou edital com salário de R$ 3.000 para engenheiros

Mais uma vez vemos um CREA defender o salário dos engenheiros, conforme Lei 4.950 de 1966 que define o salário de engenheiros, químicos, arquitetos, agrônomos e veterinários. Vale muito a pena baixar e ler a lei, deixarei um link abaixo: Segue link da notícia: https://creago.org.br/noticia/view/89/crea-solicita-retificacao-de-editais-das-prefeituras-de-senador-canedo-e-joviania-para-atender-ao-piso-salarial

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